Nos dias 24, 25 e 26 de agosto, no Museu de Arte do Rio (MAR), Praça Mauá/RJ, será realizado o 3º Congresso Brasileiro da Cultura, evento gratuito que visa uma maior integração do setor, reunindo artistas, produtores, incentivadores e representantes das secretarias municipais, estaduais e da esfera federal para, juntos, pensarmos o futuro da cadeia produtiva da Cultura do país.
Mais de 10 bilhões de reais. Este é o orçamento do Ministério da Cultura para o ano de 2023, um recorde. Este investimento, somado ao das secretarias estaduais e municipais, além dos recursos empregados pela esfera privada, revelam como a cultura é um setor de suma importância para o país, que além de símbolo de nossa identidade, gera emprego e renda, e mais que isso: pode (e deve) ser encarada como uma ferramenta de ascensão social e econômica.
Segundo dados do Observatório Itaú Cultural, a economia da cultura e as indústrias criativas do Brasil movimentaram 230,14 bilhões de reais em 2020, o equivalente a 3,11% do Produto Interno Bruto Brasileiro (superando números, inclusive, da indústria automobilística). Por sua vez, o Sistema de Informações e Indicadores Culturais (SIIC) 2009-2020, afirma que o setor cultural brasileiro emprega cerca de 5 milhões de pessoas. Esta pesquisa, organizada pelo IBGE, ainda demonstra que o grau médio de escolaridade dos profissionais da cultura é maior que o observado entre os trabalhadores em geral (30,9% possuem nível superior, contra 22,6% da média geral), porém, isto não se traduz em melhores condições de serviço ou em remunerações adequadas, já que a média salarial dos fazedores da cultura era de apenas R$ 2.478,00 em 2020, um setor em que boa parte dos seus artífices trabalham na informalidade. Estes números servem para fomentar uma discussão sobre como a riqueza produzida pela cultura pode ser melhor distribuída em sua cadeia produtiva.
Diante deste enorme desafio, o 3º Congresso Brasileiro da Cultura se propõe a intermediar as oportunidades de investimento e os projetos em fase de captação, estabelecendo uma rede entre os fazedores de cultura e os representantes das empresas e órgãos governamentais incentivadores, que terão a oportunidade de apresentar seus editais (de fomento direto e indireto), sanarem as dúvidas dos interessados e oferecerem todo o suporte necessário.
Serão três dias de intensas atividades, que vão desde o estímulo à formação de novos produtores culturais (através de workshops e oficinas) ao debate franco entre artistas, incentivadores e representantes do poder público, que poderão também conhecer, em nossa feira expositora, os projetos culturais aprovados para captação pela Lei do ISS da cidade do Rio de Janeiro e seus propensos patrocinadores. Além disso, intervenções artísticas,apresentações musicais, esquetes, batalhas de slam e passinho completam a programação.
“A força da cultura como vetor econômico é inegável, mas pra isso devemos trabalhar juntos, numa integração a nível nacional, que defenda o setor e a cultura brasileira como identidade do nosso povo e da nossa nação, valorizando toda a riqueza e diversidade dessas expressões, que fazem do Brasil uma das mais ricas culturas do planeta”, aponta José Carlos Vieira Jr, diretor presidente do Congresso.
Vão compor os debates, workshops e oficinas do evento uma série de profissionais gabaritados que vão destrinchar temas atuais que visam a capacitação dos produtores culturais, o networking entre players do mercado e o estímulo à geração de renda no setor.
As inscrições para participar do 3º Congresso Brasileiro da Cultura começam às 12h do dia 26 de junho, são gratuitas e limitadas. Portanto, não deixe para a última hora e garanta a sua vaga! Faça parte você também deste movimento de integração e de fortalecimento da cultura do país!